sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Graças à Vida

Graças à vida que me deu tanto
Me deu dois olhos que quando os abro
Distinguo perfeitamente o preto do branco
E no alto céu seu fundo estrelado
E nas multidões o homem que eu amo

Graças à vida que me deu tanto
Me deu o ouvido que em todo seu comprimento
Grava noite e dia grilos e canários
Martírios, turbinas, latidos, aguaceiros
E a voz tão terna de meu bem amado

Graças à vida que me deu tanto
Me deu o som e o abecedário
Com ele, as palavras que penso e declaro
Mãe, amigo, irmão
E luz iluminando a rota da alma do que estou amando

Graças à vida que me deu tanto
Me deu a marcha de meus pés cansados
Com eles andei cidades e charcos
Praias e desertos, montanhas e planícies
E a casa sua, sua rua e seu pátio

Graças à vida que me deu tanto
Me deu o coração que agita seu marco
Quando olho o fruto do cérebro humano
Quando olho o bom tão longe do mal
Quando olho o fundo de seus olhos claros

Graças à vida que me deu tanto
Me deu o riso e me deu o pranto
Assim eu distinguo fortuna de quebranto
Os dois materiais que formam meu canto
E o canto de vocês que é o mesmo canto
E o canto de todos que é meu próprio canto

Graças à vida, graças à vida

"Gracias a la vida" é uma popular canção de música folclórica composta e originalmente interpretada pela cantora chilena Violeta Parra, uma das artistas que serviu de base para o movimento conhecido como nueva canción. A canção foi gravada em 1966 em Santiago. Os filhos da cantora, Ángel e Isabel, a acompanharam no violão durante a sessão de gravação. "Gracias a la vida" foi lançada naquele mesmo ano no álbum Las Últimas Composiciones, o último lançado por Violeta antes de cometer suicídio no ano seguinte como resultado de uma depressão desenvolvida após o término de seu relacionamento com Gilbert Favre. Na letra da canção, a cantora basicamente agradece a tudo de bom que a vida lhe deu, principalmente o dom da música. A canção foi dedicada a Favre. Esta canção foi também eternizada na voz de Mercedes Sosa.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Imagem: GettyImages


domingo, 1 de setembro de 2013

Memória e Responsabilidade

"Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir."

José Saramago